O que observar no comportamento do seu cão ao mudar sua alimentação

Quando se decide mudar a alimentação de um cão, principalmente ao adotar uma dieta natural, é preciso mais do que apenas trocar o que vai ao pote. Cada animal responde de um jeito, e o corpo dele fala, às vezes de forma sutil, outras nem tanto. 

Por isso, é essencial prestar atenção nos sinais que o pet dá, especialmente nos primeiros dias da transição. Observar mudanças no apetite, na disposição e no comportamento é fundamental para garantir que essa adaptação seja segura e positiva.

Quando feita de maneira orientada, a introdução de alimentos naturais para cães pode trazer muitos benefícios — mas o acompanhamento próximo e responsável faz toda a diferença. A seguir, estão alguns pontos importantes para entender como o cão pode reagir à nova dieta.

O que observar no comportamento do seu cão ao mudar sua alimentação
O que observar no comportamento do seu cão ao mudar sua alimentação

Energia: uma pista que o corpo entrega

Um dos aspectos primordiais a observar, sempre que você mudar a alimentação do seu aumigo, é se ele demonstra ter ou não bastante energia. Isso porque, com os nutrientes certos, o corpo tende a responder de forma positiva. Um animal que antes parecia mais lento, sem muito interesse em passeios ou brincadeiras, pode mostrar um comportamento mais ativo depois da mudança.

Por outro lado, também é preciso ficar atento ao excesso. Se o pet passa a se agitar muito, se demonstra não estar conseguindo relaxar, pode ser um indicativo importante de que algum elemento constante na nova dieta está mexendo além do normal com o organismo dele.

O equilíbrio é a chave. Fadiga regular, agitação súbita, muitos e extensos momentos de sono em períodos distintos do padrão já estabelecido são algumas características que podem demandar — e muito — atenção e cuidado, sobretudo na fase inicial dessa nova adequação alimentar.

Digestão: quais são os sinais de incômodo?

Outro ponto que não pode ser ignorado está nas mudanças do sistema digestivo. As fezes são um indicador direto de como o organismo está reagindo à nova alimentação. Caso o cachorro passe a evacuar muito mais vezes do que costumava fazer, ou as fezes se apresentem excessivamente moles ou duras, o tutor precisa, em um primeiro momento, creer que é o corpinho dele buscando se adequar e regular.

Além disso, sinais como excesso de gases, inchaço abdominal e até episódios leves de vômito podem surgir, especialmente nos primeiros dias. Não há razão para entrar em pânico, porém, isso não deve ser — de jeito nenhum — ignorado. Uma transição gradual costuma ser a melhor maneira de evitar esses desconfortos. 

Reações na pele e nos pelos

Durante esse processo, é importante prestar atenção em sinais físicos que possam indicar alguma sensibilidade ou alergia alimentar. Coceiras, vermelhidão, queda de pelos ou inflamações nas orelhas podem surgir em resposta a certos ingredientes.

Por isso, é importante observar a pele e o pelo do cão com mais cuidado, principalmente nas primeiras semanas. Logo, a inserção dos alimentos mais naturais deve ser efetuada de pouquinho a pouquinho. Desse modo, caso aconteça alguma reação, é mais fácil e perceptível constatá-la e também reconhecer a causa. Esse cuidado também evita sobrecargas no sistema digestivo e ajuda o animal a se adaptar com mais tranquilidade.

Apetite: o jeito de comer diz muito

A forma como o cão se comporta na hora de comer também dá pistas importantes. O entusiasmo com a comida pode aumentar, já que alimentos naturais costumam ser mais atrativos. Mas, se houver recusa frequente ou mudanças no ritmo alimentar, vale investigar mais a fundo.

Comer devagar ou rápido demais, ou ainda em momentos distintos do comum, pode ser um indicativo do modo do organismo lidar com a nova rotina alimentar imposta. Assim, é imprescindível manter o olho no seu pet em prol de confirmar se a nova dieta está sendo eficiente ou não, se ele está gostando dela, se tem bastante comidinha sobrando no comedouro com frequência, se o hábito de limpar e lamber o pote sem parar e com certa insistência vem se repetindo com regularidade ou se ele tem se mostrado mais ansioso, e até mesmo nervoso, do que o normal antes de se alimentar.

Comportamento emocional: quando a comida mexe com o humor

A alimentação, assim como outros elementos, impacta direta e profundamente o comportamento e a saúde emocional do pet. Um cão bem nutrido tende a ficar mais calmo, mais tolerante e com mais disposição para interagir. Em contrapartida, uma dieta desequilibrada pode resultar em irritabilidade, apatia ou reações inesperadas.

Sendo assim, é indispensável que você verifique e se certifique de que o cãozinho está efetivamente dormindo e relaxando bem. Um sono tranquilo e reparador, sem interrupções, demonstra claramente que o organismo do animal encontra-se em pleno equilíbrio. Se há inquietação, insônia ou mudanças bruscas no padrão de sono dele, pode ser o momento indicado para rever os ingredientes e as quantidades que constituem essa nova alimentação.

Aparência física: o reflexo do que está sendo ingerido

Por fim, o visual também conta muito nessa avaliação. O brilho dos olhos, a saúde da pelagem e, inclusive, a estrutura da pele são indicativos evidentes de como esse novo jeito de se alimentar está trabalhando no organismo do animalzinho. Com uma dieta balanceada, é comum notar pelos mais brilhantes, menos queda e pele com aspecto saudável.

Outro ponto é o peso. Instituir e seguir um plano alimentar apropriado para o cãozinho certamente o ajudará a manter-se no peso adequado, evitando extremos — tanto o emagrecer excessivo quanto o engordar descontrolado. Se houver ganho ou perda de peso em excesso, é importante ajustar a dieta com ajuda de um especialista.